24.10.22

Como explicar a alguem baunilha... o que é "Bondage"?

Na realidade... não é fácil de explicar, mas escolhendo as palavras e o momento certo, é bem possível que no fim da explicação, a outra pessoa tenha uma ideia correta do tema.

Esta questão surge muitas vezes, entre casais, quando ele ou ela aprecia e gostava de expor ao outro as suas fantasias mas acaba invariavelmente por ter receio da forma como reagirá o seu parceiro/a, muito por culpa da sociedade onde vivemos, e também por aspetos morais e religiosos que nos são impostos na nossa educação.

Será que mesmo se conhecendo bem (e confinando)  a pessoa com queremos partilhar essas fantasias,  ele ou ela nos compreenderá mesmo que não goste? É a duvida que sempre nos assiste neste momentos.

Terá que ter sempre presente que a outra pessoa poderá não gostar. Não somos todos iguais!

Há pessoas que desconhecem esse mundo e ficam apaixonadas por ele após o primeiro contacto. Outras não o entendem, mas ficam com curiosidade e vão-se deixando envolver lentamente e outras há que simplesmente não mostram qualquer sinal de agrado, porque aquele tipo de brincadeira não faz parte das suas fantasias.

Não pudemos adiar nem pudemos andar a jogar  para o ar, palavras e frases soltas à espera que a outra pessoa as entenda. 

Uma conversa série e direta, explicando primeiro o que é o Bondage, principalmente o que ele representa para nós a nível físico e emocional e o que poderá contribuir para a nossa/vossa relação (se forem casal).

Por vezes apetece avançar logo com um... "adorava amarrar-te à cama"!

Sim, eu sei, mas aprendi que é preferível começar com um... "alguma vez pensaste como reagirias se eu te amarrasse à cama"!

É um jogo a dois, onde ambos tiram sempre prazer, apesar de um deles se submeter aos caprichos do outro. Tentar que a outra pessoa entenda que o Bondage potencializa a energia sexual porque ficamos vulneráveis e somos obrigados a nos concentrar-mos apenas em receber prazer é uma boa forma de a incentivar ao experimento.

Escravo, Mestre, chicotes, cintos de castidade, algemas e mordaças, podem ser demasiado fortes para quem ainda não sabe o que é o Bondage. 

Lenços, cordas de algodão e vendas são palavras que caiem sempre bem na conversa,  assim como peças de roupa mesmo que sejam fetichistas, mas que invariavelmente nos transportam facilmente para o lado erótico e permitem que continue a explicar o que é o Bondage num tom mais sensual.

Avançar mostrando algumas fantasias que possamos ter e perguntando-lhe se gosta delas, se gostava de participar ou se alterava alguma é uma excelente opção. Todas as pessoas tem fantasias mas nem todas tem a ver diretamente com Bondage. 

Peça para lhe contar uma fantasia e proponha realiza-la num contexto mais provocante, mais erótico, mais Bondage.

Se notar que tem alguma receptividade do outro lado, invista em jogos simples, mostrando o lado sensual, o lado romântico, sempre com uma corda, com um lenço, com uma venda por perto .

Vá testando os limites da outra pessoa e percebendo até onde pode ir e até onde ela está a gostar. Pergunte o que ela gosta e o que não gosta e tente perceber o porque.

É importante ter sempre presente, que facilmente se confunde Bondage com outras prácticas não consensuais. Quem não as conhece, engloba-as no mesmo pacote.

Tenha sempre isso em mente, na altura de explicar a alguém o que é o Bondage.

Vontade de voar bem acompanhando!

Cresci descobrindo-me nas fantasias de Bondage que se iam desvendando no principio de internet.

Quase como uma historia que aos poucos se ia escrevendo e mostrando na minha mente, cheguei a adulto imaginando que a vida a dois teria uma certa loucura e devaneio kinky...

Mas descobri de forma dura que as escolhas que fazemos ao longo da vida ditam o nosso destino.

O meu, certamente perdi-o algures entre as escolhas que fiz e as pessoas que encontrei.

Todos os dias ainda sonho, fantasio com mil e uma estórias de momentos de Bondage, mas percebendo que a vida não me dará mais do que isso... meras fantasias.

Fantasias, desejos, vontades, necessidades... somos adultos com uma inexorável vontade de explorar mundos fora da realidade do dia a dia.

Algo que nos faca sonhar, acreditar que por momentos pudemos ser outra pessoa, outra personagem, tal como quando eramos criancas e sonhavamos sem limites.

As fantasias ainda nos ajudam a criar essas ilusões e a suportar o mundo frio e sensaborão que nos rodeia.

... difícil mesmo é encontrar a pessoa certa, no lugar certo, que partilhe connosco essa vontade de voar.

Chego aos 43... e nada

Chego aos 43... e nada.

Quando despertei para o B.D.S.M. na minha plenitude da juventude, acreditava que quando fosse adulto, teria um mar de oportunidades para experimentar todas aquelas loucas fantasias.

Aquela jaula fechada comigo la dentro todo nu; aqueles dias longos trancado numa gaiola de castidade; experimentar a sensação de um hood fechado na minha cabeca; ou a experiencia de uma coleira trancada no meu pescoço; ou as simples sensações de ter as mãos amarradas ou estar numa cruz de santo André; quiça dentro de uma pequena jaula no meio de uma sala...

Caramba!

Cresci! Hoje tenho o meu dinheiro, a minha casa. Tenho mulher, tenho filhos, tenho uma empresa... mas nunca tive aquilo que parecia tão simples de ter quando fosse adulto!

Será assim tão descabido ter a fantasia de puder realizar tudo aquilo que nos parece tão simples de fazer... e ao mesmo tempo parece tão longe de se tornar real

A cada dia que passa, sinto-me cada vez mais perdido na minha intimidade sexual. Onde é que deixei de acreditar em tudo aquilo que me fazia tão feliz?

Quase como uma droga estranha, continuo a apreciar o B.D.S.M. ao mesmo tempo que me arrasto para um poço sem fundo, como se fosse um masoquista perfeito!




29.3.21

PROVOCAÇÃO E DESEJO

Não sei se sou diferente de outros homens, mas a verdade é que o sexo bom me seduz muito.

Gosto, e penso nele muitas vezes ao dia.

Mas gosto dele refinado, cuidado, elegante, sensual, e ao mesmo tempo desafiante e provocador. 

O corpo feminino atrai-me muito obviamente, mas muito mais me atrai se for embelezado com um corpete para acentuar as curvas, ou com um par de luvas para esconder aqueles dedos marotos, ou aquele par de saltos altos que ajudam a levantar o rabo e a melhorar a postura, e até a tornar-te mais alta... mais perto de mim.

Confesso que aos 42 anos, o sexo rotineiro já pouco me diz. 

De vez em quando ainda me consegue despertar, mas começo a ficar mais refinado, a gostar mais da envolvência do momento.

Para rotinas já me basta o dia a dia, do trabalho, dar reuniões, das refeições, de conduzir, de me vestir sempre igual.

Se nos preparamos para uma cerimónia, com roupa diferente, porque não vestirmo-nos também de forma especial para o sexo?

A verdade... a grande verdade é que me excita muito mais do que o mero conceito do sexo nu e cru.

Percebi que gosto de requinte e bom gosto aliado à sensualidade e ao erotismo, misturados com a luxuria e o prazer carnal.


JÁ NÃO SEI QUEM SOU!

Já fui romântico... muito mesmo!

Escrevi poemas e contos de amor. Ofereci espelhos desenhados à mão e escritos a tinta espessa com as minhas mais românticas palavras.

Mas fui também descobrindo, que não me enchiam a alma.

Hoje sei aquilo que sou e aquilo que gosto.

Sou um fetichista. 

Adoro fetiches e fantasias. Complementam-me e ajudam-me se ser mais eu, mais sexualmente ativo e criativo.

A minha imaginação não pára e o meu gosto vai acompanhando essa vontade, que não se realiza.

Adoro a pessoa que amo, que vivo, que desejo, mas a verdade é que sinto, que cada dia que passa, para ser o verdadeiro EU, vou escondendo e colocando para trás das costas, quem sabe para outro dia qualquer que nunca vai chegar, tudo aquilo que me dá prazer ver, ouvir e até sentir.

A luxúria sexual agrada-me. Adoro o brilho das roupas, o sexo feito com algo mais, o prazer de não controlar o orgasmo, de ser teu ou seres minha sem escape possível, de vestir-me diferente para o sexo, de ver-te andar de botas... de criar e participar em aventuras desinibidas e sem preconceitos... ou então desafiá-los.

Quero experimentar tudo aquilo que me possa provocar arrepios na espinha e sentir que a vida é mais do que o dia-a-dia banal.


9.3.18

O PODER DA INCERTEZA


Não preciso que algo te aconteça, nem sequer tenciono fazer nada.


Apenas ter-te assim, apenas deixar-te na solidão, na incerteza, na escuridão.

Apenas quero-te a imaginar tudo aquilo que te posso fazer, tocar, mexer, sentir, enquanto te vejo numa luta desenfreada e perdida logo à partida, contra as amarras que te seguram firmemente sob a minha vontade.




4.8.15

Bondage Genuino vs Bondage Comercial

Um dos grande feitos que a internet no trouxe, traz consigo, em simultâneo um outro enorme problema.
 
Eu, ainda sou do tempo ( e tenho apenas 36 anos), em que quando comecei a interessar-me pela temática do Bondage e BDSM, era complicado encontrar material, informação, imagens e até livros sobre o tema.
 
Qualquer filme que passasse na televisão ou cassete que viesse da loja de aluguer de filmes, onde tivesse uma cena de Bondage, tornava-se um vídeo de culto para mim. Lembro-me de um filme do Chuck Norris, onde a sua filha era feita refém, e numa das cenas, ela aparece amarrada a uma viga de metal com os braços bem esticados... vi e revi aqueles minutos não sei quantas vezes, até a cassete de vídeo ficar gasta.
 
Apesar da falta de informação que existia, tudo era mais genuíno. O pouco que víamos guardava-mos, os livros que tínhamos acesso, liamos como se não houvesse amanhã e imaginávamos todas aquelas cenas descritas. A História d'O, é um enorme exemplo desse efeito que a imaginação tinha.
 
Hoje, tudo é mais simples. Se quiser ver uma rapariga amarrada, num catsuit vermelho, ou amarelo, ou preto, com cordas roxas ou vermelhas, basta-me "googlar" um pouquinho e encontro. Facilmente mato a vontade e o gosto... mas e o resto?
 
Dou comigo, muitas vezes, a apreciar fotos de Bondage, de sites que produzem material para venda, e tudo aquilo é demasiado clichê, demasiado comercial, demasiado falso.
 
Quase todas as cenas fotografadas ou filmadas não passam de meros momentos, e onde são preparadas durante horas a fio.
 
É claro que é muito mais comestível e atraente ao olhar tudo, mas confesso que não acredito, quando leio que todas as modelos adoram Bondage. Para muitas é só trabalho e dinheiro.
 
Será bonito? É!
 
Excitante? Também!
 
Verdadeiro? Não!
 
 

Fantasias de Castidade Masculina

Os últimos tempos tem sido algo estranhos para mim, sobretudo, porque me tenho deixado levar por estranhas fantasias de castidade masculina, que me invadem o pensamento quase diariamente.
 
Sou daquele tipo de pessoas que normalmente vive uma fantasia de forma muito intensa, e na realidade o receio de a realizar e torna-la verdade, podendo provocar-me alguma deceção ou simplesmente não ser aquilo que imaginei, retrai-me sempre um pouco.
 
Não deixa de ser subtilmente estranho que fiquei invariavelmente excitado ao imaginar que estou a usar uma pequena gaiola (leia-se cinto) de castidade, porque na realidade o objetivo principal do cinto é exatamente o contrário, inibir a excitação e o prazer.
 
Entregar o prazer aos caprichos de uma mulher, leva-me sempre a imaginar que ela possa gostar demasiado do jogo e torna-lo demasiado real. Por outro lado o receio de ser descoberto, de ser visto em publico com o cinto torna a fantasia demasiado provocante.
 
Parte de mim quer experimentar... a outra parte diz-me para estar quieto.
 
A qual das duas, darei ouvidos? 

28.2.14

Desejos amordaçados

Habituamo-nos a ver as mordaças (gags) presentes em todas as imagens e videos de Bondage. É quase como se não fizesse sentido existir Bondage e não existir mordaças... faltaria algo certamente. As/os submissas/os não pareceriam tão submissas/os e o impacto visual não teria o mesmo sentido.

Mas... será que olhamos para as mordaças de forma mais correcta.

Certamente haverá a sensação mental provocada pela expressão de quem as usa, que detesta aquele objecto entre os lábios e os dentes obrigando a salivar constantemente e sem conseguir expressar correctamente as palavras e os desejos, mas, será que nos lembramos do momento imediatamente antes dela entrar na nossa ou na boca de alguem.


O espanto quando não estamos à espera, o desejo ardente de experimentar, o segundo onde tudo vai mudar, onde nos entregamos de vez, o momento onde sentimo-nos ser penetrados de forma cruel ou prazerosa e perdemos um dos nossos maiores poderes... a fala.

Para muitas pessoas, a mordaça tem uma conotação com punição e controlo, e pode ser até usado como forma de humilhação...mas muitas pessoas sentem-se atraidas, diria até excitadas pela mordaça, pelos sons de quem tenta falar por entre uma bola ou simplesmente saliva sem controlo pelo queixo abaixo.

Entre a crueldade e o prazer, a linha é muito ténue e por vezes difícil de distinguir por uma simples imagem ou vídeo, a verdade é que sem elas, o Bondage não seria o mesmo.

 


23.2.14

Mestre e submissa

Será sempre um dos maiores fetiches masculinos do mundo? 

Ter uma submissa aos seus pés, que o ame, que o deseje, que lhe realize todas as suas meras fantasias e que mesmo assim o respeite tanto que o seu maior prazer seja satisfazer os prazeres do Mestre... mas será mesmo assim?

Devemos entender que o ser humano tem uma serie de fetiches e fantasias e um deles é obviamente o da submissão, mas isso implicará uma verdadeira submissão 24 por dia ou apenas e só uma mera fantasia que quando realizada se esfume rapidamente nos primeiros dias, após a liberdade ser colocada em causa.

Diariamente percorro as redes sociais, no meu caso, o Facebook e na verdade são poucas as submissas que vejo por ai, ao contrário dos dominadores que são muitos... e muitas vezes grosseiros e porcos nas suas abordagens na procura da submissa.

Devemos perceber algumas coisas. Somos humanos, não animais, não objectos. E mesmo o mais severo dos Mestres deve sempre respeitar a sua submissa, os seus receios, as suas virtudes, os seus gostos... talves ensinar-lhe algo sobre muitas coisas que ela por ventura puderá não gostar, mas acima de tudo respeita-la como ser humano... e muito provavelmente terá assim dessa forma o respeito mutuo.

Mesmo num mundo de dominação, onde facilmente se podem cometer exageros, a mente deve ser sempre bastante clara e o consenso imperar, seja na altura do chicote, seja na altura das cordas ou simplesmente do "obrigado Mestre".


19.2.14

Bondage e Romantismo (Sensualidade)

Será possivél conceber o conceito geral de Bondage, onde reina o prazer da submissão, num universo de romantismo e sensualidade entre duas (ou mais) pessoas?

A minha resposta é clara. Sim... é obvio que sim.

Aliás, o mero conceito "Bondage" até nos conduz a esse universo, porque se o "Sâ", "Sensual" e "Consensual" são três obrigatórios adjectivos, isso presupôem logo à partida que ambas as pessoas estão de acordo em tudo, e por isso é muito provavél que o mesmo seja feito num ambiente romantico e sensual.

Cordas, pulseiras e velas combinam muito bem... mas tenha cuidado. Velas em demasia e o cenário pode começar a parecer um qualquer altar.

Mas é também obvio que o termo Romantismo e Sensualidade, junto a Bondage não tem necessáriamente que provocar algo mais soft,não tem que ser um eufemismo para uma sessão mais light.

Amor e Bondage... é uma combinação perfeita.

7.9.13

Realidades ou meras fantasias

Abro o meu facebook e deparo-me com imagens de alguns practicamente de Bondage, algumas fotografias
feitas por profissionais e outras menos profissionais mas que na realidade retratam muito mais fielmente o conceito.
 
Mas será que a realidade do BDSM e do Bondage entre practicamente consegue estravassar o sei intimo e a sua privacidade, mesmo que não nos consigamos aperceber disso ou essa ideia será mera ficção?
 
Eu acredito que muito do que se fala por ai, nas redes sociais e foruns é tão surreal como a maior parte dos trabalhos de Bondage feitos por grandes empresas.
 
Mas alguem já viu alguma vez uma mulher subir nas costas de um homem para ir buscar algo lá a cima, à prateleira mais alta? 
 
Ou alguém já viu uma rapariga de joelhos, sentada ao lado do seu senhor, num restaurante enquanto este saboreia a sua refeição?

Eu já me coloquei de parte, quando estou em publico, olhando calmamente para todos os desconhecimentos que me rodeiam e tentando perceber algum sinal de submissão, de dominação, de puro fetiche ou mero prazer sexual através do uso de algum objecto sexual escondido.

Ou todos disfarçam muito e bem, ou ninguem tem a ousadia de fazer isso em público... ou então eu frequento os locais errados.

Numa festa, evento ou qualquer outra reunião de pessoas adeptas do Bondage/BDSM não vejo nada demais nisso, porque a base de pensamento está todo centrada no mesmo tema. Todos estão cientes do que pode ou não ocorrer.

Fora disso será uma realidade ou meras fantasias?

3.9.13

SM e a literatura recente

Ainda no seguimento do meu ultimo post, veio-me à cabeça a trilogia "as cinquenta sobras de grey", e todas as restantes obras que agora se começaram a escrever com o tema do Bondage e do BDSM como pano de fundo, quase como que descobrindo-se uma nova forma sexual de liberdade.

Não obstante, a maior parte destes livros ser escritos por pessoas completamente leigas na matéria, apesar de alguns afirmarem a pés juntos que tem algum fascinio pelo tema, mas que na realidade nem sequer sabem bem quais são as permissas e o significado do Bondage. 

No entanto consigo admitir que os livros são na sua maioria bem escritos e com narrativas bem construídas, que cumpre perfeitamente aquela vontade louca de devorar uma página atrás da outra. Os livros tem romance de forma pouco piegas e nada convencional e chega a tocar ao de leve no verdadeiro BDSM e consegue (pelo menos é o que parece) estar a mexer com as fantasias de todas as mulher.

A grande preocupação que tenho, com esta nova onda de literatura é que se caia novamente no "boom" dos anos noventa, mas desta vez sustentada em romances de ficção que pouco ou nada tem a ver com a vida real ou ainda, no sentido inverso, que queiram tentar ir longe demais descrevendo locais, quartos de dor, salas vermelhos e um mundo sem fim de detalhes que para o maior leigo de Bondage, possa parecer demasiado rebuscado e até um pouco medonho.

28.8.13

Permissividade e Tolernacia

Notável e quase surreal como os anos noventa, com o "boom" da Internet fez com que toda a gente passa-se a conhecer e a gostar de Bondage e BDSM..

Mas a verdade é que o tempo foi passando e esse "boom" foi apenas e só mero ponto de referencia e a sociedade foi caindo novamente na literal parvoice que o Bondage e o Fetiche são coisas más das quais temos que nos afastar, ou então algo sórdido que devemos abandonar rapidamente. 
 
E a bem verdade, os jovens são os primeiros a acatar essas "ordens" da sociedade que os rodeia.. Acabam por sucumbir a interesses mesquinhos e não são raras às vezes em que abandonam tudo. 
 
 É o que estamos fazendo com nossos jovens de hoje e a todos os praticantes em questão! A sociedade re-encrimina-nos e faz-nos ficar com medo, medo de sermos descobertos pelo amigo, pela vizinha, pelo primo do amigo... e as redes sociais, não mais fazem do que apimentar esse receio.
 
Chega a ser complicado admitir a convivência com pessoas que até nos identificamos virtualmente e possuem vícios nada compatíveis com o meio onde dizem pertencer. 
 
Depois há aqueles que procuram apenas sexo e entram no jogo, sem perceber nada das regras... As boas vindas acabam virando uma perturbação sem fim e muitas vezes chegam sob a forma de provocações.
 
O BDSM passa a não prestar por culpa de uma meia dúzia que acha nesse segmento um meio de vida e de sexo fácil..
 
E por trás dessa denuncia existem pessoas sérias e comprometidas de verdade com o Bondage e o BDSM em toda a sua extensão. Querem ser felizes e fazer feliz com quem quiser partilhar esse segredo mas chega a ser dificil sequer iniciar um relacionamento de amizade sério e honesto.
 
E depois há aquele gente mesquinha que chega e imagina um bando de pervertidos desesperados atrás de loucuras sexuais vinte e quatro horas por dia!
 
Vamos abrir as portas do Bondage a todos, sim, mas com decência e natural seleção, porque só assim pudemos ser mais e melhores e mostrar-mos que aquilo que fazemos é feito com muita paixão mas com mais discernimento ainda..
.

26.8.13

Bondage é diversão e prazer

As redes sociais, são hoje em dia o meio mais facil de partilhar informação relacionada com Bondage, e o que é bom, pode na realidade também ser mau, porque chega-nos facilmente ao olhos aquilo que gostamos e aquilo que não gostamos.

E o que é certo é que me faz impressão ver imagens associadas a Bondage, quando na realidade não passa de puro e duro sadomasoquismo e prazer pela dor. Raparigas amarradas de formas crueis, em dor, com utensilios como dildo de madeira ou coleiras de ferro... compreendo que existam gostos para tudo, e só tenho obviamente que os respeitar, mas perco eu o respeito quando vejo imagens associadas a este forma tão sensual que é o Bondage.

O que tem de Sã, Sensual e Consensual uma rapariga amarrada numa cadeira de madeira, com pesadas correntes ferrugentas à volta dos pulsos e tornozelos e uma coleira com parafusos à volta do pescoço, enquanto sofre choques electricos?

Nada... isso quebra as lógicas do Bondage,

Não gosto dessa forma de estar e peço que não associem isso ao Bondage, porque Bondage é outra coisa. 

É sensualidade, é prazer, é muito erotismo e acima de tudo muita diversão.