O Bondage e eu

Ao tentar descrever o porque do meu gosto, acabo invariavelmente pensando que não consigo descreve-lo como sinto. As palavras não reflectem aquilo que as sensações escondem. Não consigo passar para o papel aquilo que me vai na alma.

Num qualquer dicionário que se possa consultar, o termo Bondage aparece assim descrito:

"Bondage consiste em prender, amarrar ou simplesmente dar ordens a alguém apenas com intenção de dar ou receber prazer sexual."

Sim, posso afirmar que essa é a base mas não o conceito geral.

Bondage é ou podem ser algumas coisas... um fetiche, uma terapia de casal usado por alguns psicólogos, uma arte japonesa ou simplesmente uma forma de prazer diferente e ousada.

Muitos psicólogos já o usam para re-aproximar casais ou voltar a criar estimular sexuais entre pessoas que já não encontram motivos sexuais na sua vida a dois.

No entanto, a sua origem é bem antiga.

Foi no Japão antigo, onde não havia prisões que se inventaram formas d eprender os criminosos apenas com o uso de uma corda.

Com o passar dos anos, essa practica desapereu com a construção de prisões, mas a arte de envolver o corpo com cordas manteve-se e hoje é considerada uma arte, onde/ inclusive, existem cursos para quem quiser aprender as técnicas.

Entre imensos livros que folheei até hoje, uma frase marcou-me pela forma simples e verdadeira como descreve aquilo que sinto quando penso em Bondage:

"O Bondage é a arte de tornear os corpos, enaltecendo a sua beleza natural."

Não consigo esconder de mim próprio que o corpo bonito de uma rapariga deixa-me excitado, mas se o mesmo estiver preso, fico como que encantado. A beleza do Bondage reflecte-se nos pontos mais eróticos e bonitos do corpo humano. As partes do corpo que geralmente ficam presos são as zonas que mais nos agrada ver no sexo oposto.

mas também gosto de perder o controlo, de me entregar a alguém em quem confio. Sinto-me relaxado e até confortável quando em sinto preso. Entregar o controlo ao parceiro é uma situação muito excitante. Estar amarrado e submetido aos caprichos do parceiro é um estimulo muito grande e psicologicamente uma forma muito gratificante de prazer.

As frases: "Adoro-te, sou todo teu/tua"; tem muito mais força quando quem o diz está nu, preso, vendado...

E estranhamento pode ser muito confortável e relaxante quando nos encontramos amarrados, porque ao deixar de ter controlo, deixamos também de ter preocupações, apenas temos que nos descontrair, saborear o momento, deixar-nos levar pela emoções, pela vontade do parceiro.

Particularmente, adoro perder esse controlo, mas o Bondage tem de ser real, verdadeiro. O faz de conta, não funciona.

Estar realmente amarrado ou ter alguém realmente amarrado, mexe cá dentro.Fazer de conta... não passa disso mesmo.

Sinto que este é um mundo apaixonante, com horizontes muito vastos para descobrir a cada momento, a cada experiência.